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Transformações do mundo do trabalho desafiam inserção de jovens

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futuro do trabalho

Digitalização e flexibilização das relações de trabalho dificultam inclusão produtiva das juventudes, aponta estudo

Homem sentado em cadeira

Descrição gerada automaticamente

A crescente digitalização da economia leva a um movimento de substituição de postos de trabalho pelo uso de máquinas, enquanto a flexibilização das relações de trabalho, acarretada pelas mudanças na legislação trabalhista, facilitou a contratação de funcionários de forma intermitente, levou a uma redução de vagas em regime CLT e a uma crescente busca por alternativas informais. Essas são algumas das tendências que mostram que o mundo do trabalho está em constante transformação, e o poder público, a sociedade civil e o setor produtivo precisam se unir e preparar os jovens para esses desafios.

A avaliação é parte do estudo “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, que apresenta as tendências e o retrato das juventudes no país em busca de estratégias para a inclusão produtiva e social desse público. O estudo é do Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax, Fundação Telefônica Vivo e GOYN SP e foi executado pelo Instituto Cíclica em parceria com o Instituto Veredas.

O panorama se completa com as mudanças demográficas, como o envelhecimento da população, as mudanças no padrão de globalização, como o encolhimento da indústria brasileira, as mudanças climáticas, que aumentam a oferta de “empregos verdes”, e as mudanças no padrão de consumo dos brasileiros, aceleradas pela pandemia. Todos os cenários trazem desafios e oportunidades, apontando setores e carreiras promissoras para a inclusão produtiva de jovens.

Novas Economias

Dentre as novas oportunidades apontadas pelo estudo estão a economia verde, que combate efeitos nocivos do processo de mudanças climáticas e traz oportunidades em campos como energias limpas, turismo sustentável e agricultura; a economia criativa engloba atividades artísticas e culturais e oferece oportunidades no campo das artes, turismo e audiovisual; a economia do cuidado compreende as atividades de cuidado direto e indireto, em uma grande diversidade de serviços e profissionais como enfermeiros, cuidadores de idosos, empregados domésticos e babás; a economia prateada diz respeito aos produtos e serviços destinados a um público consumidor com 50 anos ou mais e gera oportunidades em áreas como serviços, cuidados pessoas e saúde; e a economia digital, que permeia todas as anteriores, é formada pelos profissionais de tecnologia e recursos digitais incorporados a diferentes cadeias de produção. 

Tantas mudanças levam a uma necessidade de proporcionar às juventudes o desenvolvimento de habilidades relevantes para que possam inserir-se de forma digna no mundo do trabalho. Em especial, habilidades socioemocionais e tecnológicas, cada vez mais relevantes tanto para as carreiras de futuro, quanto para conquistar vagas de trabalho em carreiras tradicionais. 

O estudo indica que, para isso, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) precisa ser democratizada, com oferta de vagas para além do ensino médio. Além do acesso a uma formação técnica de qualidade, a pesquisa “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras” aponta a necessidade de uma visão mais ampla sobre a profissionalização, que não pode limitar-se a ensinar conhecimento tecnológico. A educação profissional e tecnológica (EPT) pode reforçar, assim, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. 

Serviço:

Lançamento da pesquisa “O futuro do mundo do trabalho para as juventudes brasileiras”

Data: 16 de março

Horário: das 10h às 12h

Local: Canal do Futura no YouTube

No formato híbrido, mesclando o presencial com o virtual, e também com vídeos, a live vai reunir 18 convidados (veja a lista completa), que vão apresentar detalhes dos resultados da pesquisa e debater em quatro blocos os temas: O mundo do trabalho em transição e o retrato das juventudes no mundo do trabalho; as economias emergentes e as carreiras de futuro; os caminhos para profissionalização das juventudes brasileiras diante das carreiras de futuro; e as reflexões das juventudes sobre o futuro do trabalho.