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“Meus alunos enxergam na qualificação profissional uma condição de melhoria da qualidade de vida”

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Professor do curso técnico em turismo defende a educação profissional como uma opção de qualificação para o turismo local, a partir da COP30

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, ou COP30, tem feito com que o estado do Pará, que irá sediar o evento, receba maior atenção. Professor na cidade de Salvaterra (PA), Karlson Aguiar Lamberg acredita que a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é a resposta para receber a demanda turística da região.

Há 12 anos ele contribui pela educação profissional na região da Ilha do Marajó atuando como docente na EETEPA – Escola Estadual de Educação Tecnológica do Pará.

Ele iniciou na área de turismo, hospitalidade e lazer, em cursos de guia de turismo e gastronomia. “Acredito que o turismo é a grande saída para que a gente possa nivelar desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população marajoara”, afirma, mencionando a variedade da fauna da região, pelo fato de ser a maior ilha fluviomarítima do mundo e a história ancestral quilombola e indígena do local. “Se formos falar sobre todas as peculiaridades e riquezas de Marajó, nós vamos levar até o resto da tarde”, brinca. De acordo com Karlson, a EETEPA e seu curso técnico de turismo têm como missão a qualificação da mão de obra desse setor para atuar nesse polo turístico.

Em 2019, segundo o professor, a Universidade Federal do Pará fez um workshop no local, que concluiu que o turismo é a grande potencialidade de desenvolvimento econômico da região, informação que resgata ao defender a profissionalização do setor. “A gente precisa atender e receber melhor, precisa de planejamento turístico, definir qual o nosso público-alvo para poder identificar qual o segmento turístico que mais agrega valor à região, que sem dúvida, é o ecoturismo.”

O educador afirma que atende uma diversidade muito grande em suas turmas, tanto na oferta para jovens, quanto na oferta subsequente, tratando-se de um público maduro, composto por pessoas que podem estar de dez a 20 anos sem estudar ou até que já atuam no setor de turismo na informalidade. “Essas pessoas enxergam na educação profissional uma condição de melhoria da qualidade de vida”, diz.

Karlson, por fim, defende a apropriação da cultura rica e diversa em suas aulas. “Sempre ensino aos meus alunos que eles têm de ter orgulho do que são. De serem marajoara e quilombolas”, conclui.

(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho em maio de 2024)

 

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