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“Finalizar o ensino médio com um curso técnico facilita a entrada no mundo do trabalho”

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Técnico em enfermagem, Uarlei Matheus Silva de Oliveira reflete sobre sua trajetória da EPT ao mundo do trabalho

Em um mundo repleto de desafios, a busca por uma carreira pode ser um dilema para as juventudes. Para Uarlei Matheus Silva de Oliveira, essa jornada começou com uma simples sugestão de um amigo, que o levou a descobrir um mundo de possibilidades no Centro Estadual de Educação Profissional Leonardo das Dores, em Teresina, no Piauí. 

“Soube dos cursos técnicos disponíveis (na escola) e pensei: 'Por que não aproveitar e obter uma formação técnica integrada ao ensino médio?”, lembra Uarlei. No entanto, antes de iniciar sua jornada na enfermagem, ele teve algumas preocupações. “Inicialmente, pensei que seria algo absurdo, afinal, na área de enfermagem, a sala costuma ser dominada por mulheres. Achei que ia enfrentar preconceitos por querer ingressar nesse campo”. Essas preocupações logo se dissiparam quando Uarlei percebeu, na prática, como era totalmente diferente do que ele havia imaginado. Encontrou acolhimento e apoio em sua turma, o que o motivou ainda mais a explorar novos horizontes. 

A demanda por profissionais de saúde está em constante crescimento, impulsionado não apenas pelo envelhecimento da população, mas também pela maior conscientização sobre a importância dos cuidados de saúde preventivos, além do desenvolvimento de novas tecnologias e tratamentos médicos. Esse mercado envolve profissões como enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas, médicos e outros. Nesse contexto, a integração entre o ensino médio e a formação técnica desempenha um papel fundamental ao preparar os alunos para ingressarem nessa área capacitando-os com habilidades específicas e práticas para enfrentar os desafios da profissão, como foi o caso de Uarlei: “Poder se formar no ensino médio com um curso técnico, facilita a entrada no mundo do trabalho, o que é importante no cenário atual tão desafiador”

Atualmente, ele trabalha como enfermeiro em um hospital psiquiátrico, que apresenta desafios únicos. Enquanto em um hospital geral o foco pode estar nos cuidados físicos imediatos dos pacientes, em um ambiente psiquiátrico o acompanhamento é prolongado e envolve uma compreensão mais profunda das questões de saúde mental. Segundo ele, o trabalho vai além do tratamento dos sintomas, exigindo uma abordagem empática e uma compreensão das complexidades emocionais de cada indivíduo. Além disso, a interação diária com os mesmos pacientes permite um vínculo mais forte e um acompanhamento mais personalizado ao longo do tempo.  

Com determinação, Uarlei imergiu em sua formação técnica, aproveitando ao máximo cada oportunidade de aprendizado e expressa seu desejo de avançar na carreira: “Daqui pra frente eu pretendo fazer um superior em enfermagem e focar na área tecnológica”, conclui. 

(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho em agosto de 2022)     

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